Você suportaria saber que alguém da sua família está envolvido com esta conduta? Essa pergunta assusta, não é? As estatísticas mostram que, na imensa maioria dos casos, quem comete abuso sexual infantil não é um estranho, mas alguém da confiança da criança: um tio, padrasto, avô, irmão mais velho — ou, sim, o próprio pai.
O abuso sexual infantil não começa com penetração. Começa com um toque disfarçado de carinho. Com o banho demorado. A brincadeira de segredinho. O elogio que gera confusão. Começa quando o adulto ultrapassa um limite e ensina a criança a se calar. E se perpetua, muitas vezes, com a conivência de quem preferiu duvidar da vítima a confrontar a verdade.
É por isso que o dia 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes) e o Maio Laranja precisam ser mais do que datas simbólicas. Precisam ser gatilhos de ações permanentes, capazes de romper o pacto de silêncio que protege agressores e condena vítimas ao esquecimento.
Abuso sexual infantil: o que é e por que tantos adultos preferem ignorá-lo?
Abuso sexual infantil é qualquer ação de caráter sexual imposta a uma criança ou adolescente, com ou sem contato físico, realizada por alguém que exerce poder ou influência sobre ela. Já a exploração sexual infantil envolve troca de favores sexuais por dinheiro, presentes ou “agrados”.
Ao contrário do que muitos pensam, a maioria dos casos não envolve violência física visível nem um estranho emboscando a criança na rua. A violência, muitas vezes, vem disfarçada de cuidado.
É por isso que tantos adultos se recusam a ver o fato: porque o agressor está dentro de casa — e enfrentá-lo implica abalar toda a estrutura familiar.
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Números que não contam toda a história
- Em 2024, o Disque 100 (ou Disque Direitos Humanos) recebeu, em média, 33 denúncias por hora envolvendo violações de direitos de crianças e adolescentes.
- Conforme dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, houve um salto expressivo no volume de registros: de 3,4 milhões para 4,3 milhões de violações em apenas um ano.
- O Brasil é 5o país com mais denúncias de abuso sexual infantil online, segundo relatório da rede internacional InHope divulgado em 2025.
- Meninas são mais de 87% das vítimas.
Por trás desses números, há uma multidão de sobreviventes silenciosos, cujos corpos aprenderam a sobreviver antes mesmo de entender o que estava acontecendo.

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O que realmente protege do abuso sexual infantil?
Falar de sexualidade com crianças não incentiva a erotização precoce. Ao contrário: é uma das formas mais eficazes de prevenção ao abuso.
1. Educação sexual acontece o tempo todo — mesmo quando não a mencionamos abertamente
No livro Como falar de sexualidade para crianças, a psicóloga Leiliane Rocha lembra que estamos educando sexualmente os pequenos a todo momento — quer percebamos ou não. Nossas palavras, reações e até silêncios transmitem uma visão da sexualidade: positiva, negativa ou confusa.
Falar sobre vulva, pênis, sentimentos e limites, com naturalidade e vocabulário apropriado para cada idade, ajuda os adultos a acolherem dúvidas sem medo — e as crianças a crescerem com autoestima, segurança e consciência do que é aceitável ou não em suas relações.
2. É fundamental ensinar à criança como ter autonomia
No livro Meu corpinho é só meu, a autora Lara Nogueira apresenta, com delicadeza e sensibilidade, a história da pequena Maria e sua descoberta mais importante: ninguém pode tocar em seu corpo sem sua permissão.
Ao ouvir essa mensagem desde cedo, a criança aprende que seu bem-estar importa e que ela pode (e deve) recusar toques, mesmo de adultos próximos, construindo, assim, as bases para relações mais saudáveis e protegidas ao longo da vida.
3. Crianças precisam saber em quem confiar
Proteger uma criança não é apenas vigiá-la de perto, mas também garantir que ela saiba a quem recorrer quando algo a deixa assustada, confusa ou desconfortável.
Uma estratégia simples e eficaz é ajudá-la a nomear os “cinco adultos do coração”: pessoas de confiança, dentro ou fora da família, com quem ela se sinta segura para conversar sobre qualquer coisa — sem medo de bronca ou julgamento.
Esses nomes podem mudar com o tempo, por isso o ideal é revisar essa rede periodicamente, reforçando os vínculos e lembrando a criança de que ela nunca está sozinha, mesmo quando o medo tenta dizer o contrário.
O trauma não termina na infância
Muitas mulheres adultas que sofreram abuso sexual infantil nunca contaram a ninguém. O trauma se manifesta mais tarde como dor pélvica crônica, espasmos musculares involuntários, vaginismo ou até ausência total de libido.
Esses sintomas, antes tratados como psicossomáticos, têm hoje explicações fisiológicas bem descritas: hipertonia do assoalho pélvico, alterações vasculares locais e hiperatividade nociceptiva periférica e central. Hoje, protocolos integrativos de fisioterapia pélvica e fotobiomodulação (LEDterapia) vêm sendo adotados em clínicas especializadas para ajudar na recuperação física e emocional dessas pacientes.
A placa de LED Vulvallux, por exemplo, é um dispositivo home care que aplica luz vermelha e infravermelha diretamente na vulva, promovendo relaxamento muscular, melhora da microcirculação e alívio da dor sem hormônios ou intervenções invasivas. É uma opção eficaz e segura para quem carrega feridas invisíveis — mas reais.
Como denunciar: o que fazer diante da suspeita de abuso sexual infantil?
Você não precisa ter certeza para denunciar. Basta a suspeita razoável. A denúncia pode ser anônima, e os órgãos responsáveis devem investigar com rigor.
Canais de denúncia
- Polícia Militar (190), caso seja uma situação de emergência;
- Disque 100 (ligação gratuita e sigilosa, 24h);
- Conselhos Tutelares em sua cidade;
- Delegacias especializadas (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) ou a mais próxima;
- Serviços de saúde – todo profissional é obrigado por lei a notificar suspeitas (artigo 135 do Código Penal, crime de omissão de socorro).
Conclusão: Maio Laranja – conscientização sobre o abuso sexual infantil é a chave
Prevenir o abuso sexual infantil exige mais do que boas intenções: exige ruptura com os pactos de silêncio, coragem para falar com clareza e disposição para escutar o que, muitas vezes, preferiríamos não ouvir.
Para muitos corpos com vulva, o trauma deixa marcas que persistem na vida adulta — como o vaginismo, a dor pélvica crônica e a sensação de desconexão com a própria intimidade. Nesses casos, o Vulvallux vem se consolidando como aliado importante nos protocolos terapêuticos.
Trata-se de uma placa de LED de uso domiciliar que combina luz vermelha e infravermelha para modular a inflamação, estimular a microcirculação local e atuar diretamente sobre a musculatura do assoalho pélvico, promovendo o alívio da dor e o relaxamento muscular.
Sem hormônios, invasões ou ruído, o Vulvallux respeita os limites de cada paciente e oferece um cuidado silencioso — mas profundamente transformador — para quem já viveu o que nunca deveria ter vivido.
Neste 18 de maio — e em todos os dias — sejamos adultos inteiros: que protegem, educam, escutam e acreditam. Porque a infância não espera. E o corpo da criança é território inviolável.
Referências bibliográficas
- FOLHA DE S.PAULO. Brasil tem 33 denúncias por hora de violações contra crianças e adolescentes em canal do governo. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/02/brasil-tem-33-denuncias-por-hora-de-violacoes-contra-criancas-e-adolescentes-em-canal-do-governo.shtml>. Acesso em: 12 maio 2025.
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- PAP, Amanda Diogo. Título do trabalho acadêmico. Ano. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-03072019-112349/publico/AmandaDiogoPap.pdf>. Acesso em: 13 maio 2025.
- COSTA, Erika Aparecida Gomes da; SILVA, Joana Cardoso da; FERRO, Thauan Narciso de Lima. Atuação fisioterapêutica no vaginismo em mulheres que sofreram abuso sexual: revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 11, n. 17, 2022. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38905>. Acesso em: 13 maio 2025.
- CHAMMA, Bruna Mello. Estudo randomizado controlado duplo-cego de avaliação do efeito da fotobiomodulação intravaginal em mulheres com transtorno da dor gênito-pélvica/penetração secundário a dor miofascial do assoalho pélvico. 2023. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Orientador: Eduardo Schor. Disponível em: <https://repositorio.unifesp.br/items/62e3b2d7-2ff5-4534-b326-ba7e7ea13924>. Acesso em: 13 maio 2025.