Spoiler honesto: não existe “fruta mágica” que aumente a lubrificação feminina da noite para o dia. Mas há, sim, padrões alimentares e nutrientes com uma boa ciência por trás – especialmente quando o ressecamento tem relação com hormônios, inflamação e integridade das mucosas… E, quando o assunto é conforto íntimo, cada 1% de melhora conta.
Em agosto de 2025, o que a literatura científica e os dados oficiais mostram é o seguinte: o ressecamento vaginal é muito comum durante o climatério e a menopausa. No Brasil, um estudo populacional recente encontrou a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM) em 51,4% das mulheres de meia-idade, e a dispareunia (dor durante a relação sexual) foi relatada por 35% das participantes.1
Em diretrizes do sistema público britânico (NHS), a estimativa é parecida: cerca de 1 em cada 2 mulheres após a menopausa apresenta sintomas de atrofia urogenital, incluindo ressecamento.2 E o mecanismo é conhecido: a queda de estrogênio torna o tecido vaginal mais fino e mais seco, elevando o risco de microfissuras e desconforto.3 O próprio Ministério da Saúde lista o ressecamento vaginal e dor na penetração entre os sintomas característicos do período.4
A boa notícia? O estilo de vida e a alimentação ajudam – não como substitutos automáticos de tratamentos, mas como aliados que modulam a microbiota, a vascularização e o trofismo do epitélio vaginal. A seguir, um guia prático do que comer (e os motivos), com base em estudos atuais.
1) Fitoestrogênios: soja, tofu, tempeh

O tempeh é um alimento de origem indonésia, obtido por fermentação, bastante consumido no sudeste asiático e amplamente reconhecido pela comunidade vegetariana em diversos países.
As isoflavonas da soja (genisteína, daidzeína) “conversam” com receptores estrogênicos e, em meta-análise de 2025, reduziram a gravidade do ressecamento vaginal em mulheres pós-menopausa.5
Em um ensaio clínico randomizado e duplo-cego publicado em 2003, uma dieta rica em soja resultou em um aumento significativo dos índices de maturação das células vaginais. Este aumento é considerado um marcador útil da eficácia de uma intervenção dietética com alimentos ricos em fitoestrogênios, e deve ser considerado durante intervenções preventivas contra os efeitos da menopausa e a atrofia vaginal.6
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2) Óleo de espinheiro do mar (ou espinheiro marítimo): foco na mucosa
Rico em ácidos graxos e carotenoides, o óleo de espinheiro do mar mostrou, em ensaio randomizado e duplo-cego, benefícios à saúde vaginal em mulheres com ressecamento/atrofia – opção interessante para quem não pode usar estrogênio. Não é alimento do dia a dia no Brasil, mas é um nutracêutico com evidência específica para mucosa.7
3) Mediterrâneo na mesa: padrão que protege

Inspirada nos hábitos alimentares tradicionais do Mediterrâneo, essa dieta é considerada patrimônio cultural pela Unesco e está associada a um estilo de vida mais saudável, maior longevidade e menor incidência de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Quanto melhor for a aderência à dieta mediterrânea (frutas, verduras, leguminosas, azeite, peixes, nozes), menores tendem a ser os sintomas da menopausa, segundo estudos observacionais e revisões. É, em outras palavras, um padrão alimentar “amigo do prazer”.8
4) Hidratação intensa e vitaminas importantes
Parece banal mencionar, mas a água9 é crucial para o conforto das mucosas; além disso, a vitamina E (óleos prensados a frio) e a C (frutas cítricas, acerola, kiwi) apoiam a integridade tecidual.10
Elas não resolvem sozinhas a Síndrome Geniturinária da Menopausa, porém criam um terreno biológico melhor para a resposta a lubrificantes, hidratantes vaginais e terapias prescritas.
O que não funciona para a lubrificação feminina?
Açúcar em excesso e ultraprocessados
Por que eles atrapalham o conforto íntimo? Porque favorecem a inflamação sistêmica, os picos glicêmicos (→ disfunção endotelial e piora do microfluxo) e a disbiose de mucosas — um trio nada amigo de tecidos que dependem de boa vascularização e barreiras íntegras.
Álcool em excesso
O álcool desidrata (inibe vasopressina/ADH, aumentando diurese), piora o sono (menos REM, mais despertares) e está associado à disfunção sexual feminina — incluindo dificuldade de lubrificação e orgasmo prejudicado.
“Superalimentos milagrosos”
A ciência reconhece padrões alimentares, não atalhos. Superfood é, basicamente, marketing: não existe definição legal do termo e qualquer alegação de saúde em rótulos precisa ser submetida e aprovada sob regras específicas de agências regulatórias (como a Anvisa).
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Como montar um prato “amigo” da lubrificação feminina?
- Base vegetal dominante: 2–3 frutas/dia + 3 porções de hortaliças (inclua folhas verde-escuras);
- Leguminosas diárias: feijão/lentilha/grão-de-bico (fibras e polifenóis);
- Soja de verdade 5–7x/semana: tofu, tempeh, edamame (isoflavonas);
- Gorduras boas: azeite extravirgem + um punhado de nozes/castanhas por dia (vitamina E);
- Ômega-3: peixe gordo 2x/semana ou linhaça/chia diariamente, considere suplemento se indicado;
- Água e eletrólitos: leve água com você; inclua água de coco pontualmente se treina/sua muito;
- Temperos anti-inflamatórios: cúrcuma, gengibre, ervas frescas;
- Opcional: avaliar o uso do óleo de espinheiro do mar com seu profissional de saúde.
Fotobiomodulação para a lubrificação feminina: o que a ciência diz hoje?
A alimentação ajuda o terreno; terapias locais atuam no alvo.
Em 2025, um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo11 mostrou que a fotobiomodulação, em protocolo de 15 sessões, evidenciou resultado superior ao grupo controle reduzindo a dor vulvar em pessoas com vestibulodínia provocada – condição frequentemente associada a desconforto e dificuldade de lubrificar por conta de dor e hipersensibilidade. Mecanismos incluíram mais microcirculação, modulação inflamatória e efeito analgésico.
Para SGM/atrofia e ressecamento, há protocolos em avaliação e racional biológico coerente – a fotobiomodulação estimula fibroblastos, colágeno/elastina e angiogênese.12
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- Aumentar a microcirculação e o conforto;
- Estimular colágeno/elastina, apoiando a integridade da pele e mucosas;
- Modular a dor em condições vulvares comuns.
Não confie em modismos; confie em evidências científicas. Mais conforto, menos ressecamento, mais qualidade de vida: garanta o seu Vulvallux hoje.
Conclusão: a baixa lubrificação feminina tem solução
Lubrificação é biologia, sim – mas também estilo de vida, terapia certa e autocuidado sem tabu.
Coloque comida de verdade no prato, com soja e ômega-3 como protagonistas, avalie nutracêuticos com evidências e não sofra em silêncio: combine hidratantes/lubrificantes, orientação clínica e, se fizer sentido para você, fotobiomodulação íntima.
O objetivo não é um “milagre alimentar” e sim somar 10–20% de melhora aqui, 30% ali – até que seu conforto íntimo volte a ser o padrão. Porque prazer e bem-estar não são luxo: são direitos de todas as pessoas com vulva!
Referências bibliográficas
- SOBREIRA, Alicia Jorgelina Goyeneche; VIANA, José Fernandes de Souza; SILVA, Paula Rita Leite da. Segurança de tratamentos hormonais em mulheres com síndrome geniturinária da menopausa e histórico de câncer de mama: revisão sistemática e metanálise. Revista Científica Integrada, v. 8, n. 1, e202515, 2025. Disponível em: https://revistas.unaerp.br/rci/article/download/3750/2691/12026. Acesso em: 12 ago. 2025.
- HIGGINS, Claire; LOWRIE, Frances. Urogenital atrophy management: clinical guideline. Version 2. Gynaecology Clinical Governance Group, NHS Scotland, 7 nov. 2024. Disponível em: https://rightdecisions.scot.nhs.uk/media/tnpaz3c0/urogenital-atrophy-management-640-v1.pdf. Acesso em: 12 ago. 2025.
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