Falar sobre saúde íntima ainda é um desafio para muita gente — não por falta de interesse, mas por causa do tabu histórico que cerca tudo o que envolve a região genital, especialmente no caso de pessoas com vulva. O silêncio, nesse caso, não protege: ele adoece, isola e atrasa diagnósticos.
Neste artigo, você vai entender por que as conversas entre amigos e amigas são aliadas poderosas da saúde íntima, como as novas tecnologias — como o Vulvallux, um dispositivo de LEDterapia para uso íntimo — estão transformando o cuidado com a vulva, e o que a ciência já sabe sobre os benefícios dessas práticas.
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Por que temos vergonha de falar sobre a saúde íntima?
Um estudo conduzido pela marca britânica Bodyform, especialista em produtos para higiene íntima, revelou que 44% das mulheres sentiram que seu bem-estar mental foi impactado negativamente por não poderem compartilhar abertamente suas experiências com seus corpos.
Além disso, quase metade (46%) disse que o julgamento social as fez sentir que precisavam manter a situação em segredo.
Dê o play: a campanha #wombstories, da Bodyform, dirigida pela ganhadora do Globo de Ouro Nisha Ganatra, deu voz às histórias não contadas sobre o útero, a menstruação e a vulva.
Essa vergonha tem raízes culturais profundas. Durante séculos, a anatomia feminina foi negligenciada em estudos médicos — e associada a pecado, pudor ou mistério.
Leonardo da Vinci? Sim!
Durante os séculos XV e XVI, o avanço no conhecimento anatômico humano foi marcado por grandes nomes como Leonardo da Vinci e Andreas Vesalius. Da Vinci, entre 1452 e 1519, dedicou-se à dissecação de cadáveres — frequentemente de criminosos executados — para realizar desenhos detalhados do corpo humano.
No entanto, a escassez de corpos femininos disponíveis para estudo resultou em representações imprecisas do sistema reprodutor feminino, muitas vezes mais semelhantes à anatomia animal do que à humana.
Leonardo da Vinci estudava as “seis aberturas da pele” (os olhos, as narinas, a boca, a vulva [ou] o pênis, o ânus e o coração), mas não compreendeu os músculos esfincterianos: não lhe ocorreu que um músculo pudesse ser circular em vez de linear.1
Já em 1543, a publicação de De Humani Corporis Fabrica (A Estrutura do Corpo Humano), pela Faculdade de Medicina de Pádua, representou um divisor de águas. Composta por sete volumes, a obra superou o conhecimento anatômico de Cláudio Galeno, vigente há séculos, e estabeleceu um novo padrão científico para o estudo do corpo humano.2
Um marco na história da anatomia moderna: sistema urogenital feminino em xilogravura de Andreas Vesalius, publicada em 1543 na obra De Humani Corporis Fabrica.3
Apagamento dramático
Apesar de estar presente em cerca de metade da humanidade, o clitóris demorou a ser completamente compreendido. Em 1672, o ginecologista holandês Regnier De Graaf já descrevia sua anatomia com precisão — incluindo a próstata feminina e a ejaculação. Mas o tabu silenciou a ciência: no século XX, o órgão foi apagado dos livros didáticos.
Ilustração do clitóris feita por Regnier De Graaf, em 1672. (Imagem: Anatomical Museum Basel).4
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No século XX…
Até 1998, os livros de anatomia usavam a mesma representação para o clitóris: um pequeno ponto. Foi só naquele ano que a urologista australiana Helen O’Connell publicou o primeiro estudo descrevendo a anatomia completa do clitóris, incluindo seus ramos internos e sua extensão total.
Este complexo não é plano contra os ramos como é comumente representado, mas projeta-se dos marcos ósseos por 3 a 6 cm. A uretra perineal está inserida na parede vaginal anterior e é circundada por tecido erétil em todas as direções, exceto posteriormente, onde se relaciona com a parede vaginal.5
Isso já era descrito no século XI por estudiosos árabes como Avicena (Ibn Sina), mas foi apagado do conhecimento ocidental.
A importância das conversas entre amigos para o bem-estar
Conversar com amigos e pessoas de confiança sobre saúde íntima pode parecer simples, mas tem efeitos concretos. Pesquisas na área de psicologia da saúde indicam que o suporte social está diretamente relacionado à maior adesão a tratamentos e atitudes preventivas.
Está bem documentado que pertencer a uma rede social caracterizada por apoio mútuo leva a melhores resultados de saúde, e há grande interesse em compreender os mecanismos subjacentes a essa relação. As relações sociais podem influenciar os resultados de saúde, influenciando a prática de comportamentos relacionados à saúde, incluindo comportamentos preventivos e de estilo de vida, adesão ao tratamento e comportamentos de gerenciamento de doenças.6
Além disso, o compartilhamento de experiências ajuda a reduzir o estigma e a facilitar o acesso a tratamentos adequados7. No caso de pessoas trans, não binárias ou intersexo, essas conversas podem ser ainda mais significativas, diante das barreiras enfrentadas no sistema de saúde.
Mercado em expansão
A saúde íntima deixou de ser um nicho. Um levantamento da Global Wellness Institute mostrou que o setor de tecnologia para bem-estar íntimo deve atingir US$ 8,5 trilhões até 20278, com destaque para dispositivos voltados à saúde da vulva e do assoalho pélvico.
No Brasil, a busca por alternativas naturais, discretas e com comprovação científica tem crescido — especialmente entre pessoas de 30 a 60 anos que vivenciam as transformações do corpo com mais consciência. O Vulvallux, nesse cenário, desponta como uma solução inovadora.
O que é o Vulvallux?
É um dispositivo de LEDterapia para uso externo na região íntima. Seguro, confortável e validado por estudos científicos, ele foi desenvolvido para promover saúde íntima sem invasividade.
Entre seus benefícios relatados por usuárias e usuários:
- Redução de coceiras, irritações e desconforto;
- Melhora na circulação sanguínea local;
- Aumento do conforto e da autoestima;
- Facilidade de uso em casa, sem necessidade de acompanhamento clínico contínuo.
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Conclusão: conversar é questão de saúde — e também de liberdade
Quando abrimos espaço para falar sobre saúde íntima com quem nos acolhe, abrimos caminho para mais do que prevenção: abrimos caminho para pertencimento, conforto e escolhas conscientes. Porque silenciar o corpo é herança de um passado que já não nos serve — e cuidar dele, com ciência e afeto, é um ato revolucionário.
O Vulvallux faz parte dessa mudança: uma tecnologia criada para iluminar o que por muito tempo foi invisibilizado. Mais do que um dispositivo, ele simboliza uma nova forma de se relacionar com o próprio corpo. Afinal, saúde íntima é um direito — e merece ser vivida com dignidade, luz e voz.
Referências bibliográficas
- DA VINCI, Leonardo. Recto: The vulva and anus. Verso: The male and female reproductive systems. c. 1508. Pen and ink over black chalk. 19,1 x 13,8 cm (sheet of paper). Royal Collection Trust, RCIN919095. Disponível em: <https://www.rct.uk/collection/919095/recto-the-vulva-and-anus-verso-the-male-and-female-reproductive-systems>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- MCCABE, Rosemary. The Invisible Vulva: A Timeline of the Female Anatomy. Disponível em: <https://nixit.com/a/blog/the-invisible-vulva-a-timeline-of-the-female-anatomy>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- VESALIUS, Andreas. Urogenital/Nurogenital System Of The Human Female. Woodcut From The Seventh Book Of Andreas Vesalius’ ‘De Humani Corporis Fabrica,’ Published In 1543 At Basel, Switzerland. Poster Print by Granger Collection. Disponível em: <https://www.posterazzi.com/vesalius-urogenital-nurogenital-system-of-the-human-female-woodcut-from-the-seventh-book-of-andreas-vesalius-de-humani-corporis-fabrica-published-in-1543-at-basel-switzerland-poster-print-by-granger-collection-item-vargrc0004016/>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- FISCHER, Olivia. The clitoris, an anatomical taboo. 10 out. 2024. Disponível em: <https://www.unibas.ch/en/News-Events/News/Uni-Campus/The-clitoris-an-anatomical-taboo.html>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- O’CONNELL, H. E.; HUTSON, J. M.; ANDERSON, C. R.; PLENTER, R. J. Anatomical relationship between urethra and clitoris. The Journal of Urology, v. 159, n. 6, p. 1892-1897, jun. 1998. DOI: 10.1016/S0022-5347(01)63188-4. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9598482/>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- GALLANT, Mary P. Social Networks, Social Support, and Health-Related Behavior. The Oxford Handbook of Health Communication, Behavior Change, and Treatment Adherence, p. 305–322, 16 dez. 2013. DOI: 10.1093/oxfordhb/9780199795833.013.016. Disponível em: <https://academic.oup.com/edited-volume/28130/chapter-abstract/212327762>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- ARMITAGE, Hanae. Taking the stigma out of talking about pelvic pain. 27 maio 2021. Disponível em: <https://scopeblog.stanford.edu/2021/05/27/taking-the-stigma-out-of-talking-about-pelvic-pain/>. Acesso em: 14 abr. 2025.
- GLOBAL WELLNESS INSTITUTE. Global Wellness Institute Ranks 145 Countries by Wellness Market Size. 30 jan. 2024. Disponível em: <https://globalwellnessinstitute.org/press-room/press-releases/gwi-country-rankings-jan2024/>. Acesso em: 14 abr. 2025.